sexta-feira, 13 de maio de 2011

EXERCÍCIO 1

Baixe o arquivo com a correção dos exercícios do dia 11/05/2011..

CORREÇÃO

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Link para o vídeo

Elaborar um resumo, individualmente, sobre o vídeo exibido em sala de aula. Link:

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MÉTODO E TÉCNICA


O que é metodo e técnica?

De fato os dois termos são semelhantes, mas num aspecto prático e resumido eles significam “Organização e ação”.

O que é método?

Metodologia de estudo é uma forma de organizar como será realizado o tal estudo. Quando realizamos um método, estamos criando uma espécie de modelo organizacional.

Vamos ver um exemplo:

a) Método de ligar uma televisão – A pessoa deve ligar a televisão através de um controle remoto ou até o botão no painel frontal do aparelho.

b) Método de levantar da cama – A pessoa deve abrir os olhos, bocejar, espreguiçar, deitar-se de lado (qualquer um dos dois), levantar a parte superior (da cintura para cima) e girar os pés.

c) Método de comer – Colocar o suficiente, comer devagar, degustar sem ingestão de liquidos, caminhar para ajudar a ingestão.

O que é método? A resposta é uma forma de organizar os passos ou procedimentos absolutos á uma meta.

O que é uma técnica?

Técnica é um procedimento que está ligado diretamente a atingir uma meta. Ação proveniente do autor (pessoa) em referência á um objetivo. Em outras palavras, o que faremos em prol de alcançar o que queremos?

Eis alguns exemplos práticos:

a) Técnica de respiração – Aspire pelo nariz e expire pelo nariz. Em intervalos de 4 respirações (prenda a respiração por 3 segundos) e solte até o diafragma ficar completamente expandido.

b) Técnica de estudo – Prátique a leitura lendo em voz alta e sonora, sem ser a grito. Todos os dias por 1 hora. Sendo portanto importante ler uma obra literária por vez. Não ler deitado na cama, e sim com postura reta para não comprometer a coluna, a vista e o processo de leitura e compreensão.

Conclusão.

Método é uma forma de organizar os procedimentos baseado numa meta. A técnica são os procedimentos que irão realizar a trajetória até esta meta.

Método - O termo já existia em grego clássico (méthodos), tendo sido usado por Platão e Aristóteles no sentido de "estudo ordenado de uma questão filosófica ou científica". A palavra pode ser decomposta no prefixo metá + hodós, que quer dizer caminho, via, rota. Em sentido genérico é, portanto, o "caminho pelo qual se chega a um determinado resultado".

Na terminologia científica, método pode ser definido como "um conjunto de dados e regras de proceder, permitindo atingir um fim previamente determinado. Ex.: pesquisa experimental, diagnóstico, operação, tratamento, reação físico-química ou biológica, prova clínica ou teste de laboratório". Ramiz Galvão define método como "um conjunto de meios dispostos convenientemente para se chegar a um fim".

Técnica - Do grego tékhne, arte. Se o método é o caminho, a técnica é o modo de caminhar. Técnica subentende o modo de proceder em seus menores detalhes, a operacionalização do método segundo normas padronizadas. É resultado da experiência e exige habilidade em sua execução. Um mesmo método pode comportar mais de uma técnica. A diferença semântica entre método e técnica pode ser comparada à existente entre gênero e espécie.

Por vezes é difícil separar método de técnica, sobretudo no caso de epônimos.


Metodologia é igual a Método?

* Metodologia é o estudo dos métodos das ciências.

* Método é o caminho para se alcançar um determinado objetivo.

Método é igual a técnica?

* Método é o dispositivo ordenado, o procedimento sistemático, em plano geral.

* Técnica é a aplicação do plano metodológico e a forma especial de o executar.

* O método é estratégico e a técnica é tática.

* A técnica está subordinada ao método.

Sobre as técnicas...

* São o conjunto de passos, ou etapas, que devem ser dados para a realização da pesquisa.




ATIVIDADE

1 – Dê um exemplo de método e técnica que você usa em seu dia-a-dia.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

TIPOLOGIA DOS TRABALHOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS

TIPOLOGIA DOS TRABALHOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS

Existem diversos tipos de trabalhos acadêmicos e/ou científicos. Podem-se citar, entre eles, os seguintes: Trabalhos de Graduação, Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação, Tese, Artigos Científicos, Paper e Resenha . Esses trabalhos científicos possuem características próprias, como a sistemática, a investigação, a fundamentação, a profundidade e a metodologia e, dependendo do caso, a originalidade em tema e método e a contribuição da pesquisa para a construção do conhecimento científico, como é o caso das teses e das dissertações. Destaca-se que a estrutura dos trabalhos científicos segue, quase sempre, um padrão que compreende uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. A introdução do trabalho costuma abranger os objetivos da pesquisa, os problemas, as delimitações e a metodologia adotada para a sua realização. O desenvolvimento é mais livre, podendo o pesquisador dissertar sobre o tema propriamente dito, sem, contudo, abandonar pontos importantes, como a demonstração, a análise e a discussão dos resultados. Por fim, o autor poderá escrever suas conclusões a respeito da discussão realizada ou dos resultados obtidos. Neste ponto, o pesquisador deverá ser enfático, ressaltando as posições que deseja defender ou refutar.

TRABALHOS DE GRADUAÇÃO

Os trabalhos de graduação não constituem, obrigatoriamente, trabalhos de cunho científico, mas de iniciação científica, uma vez que precisam ser apresentados dentro de uma sistemática e de uma organização que estimulem o raciocínio científico. Visto que, frequentemente, o enfoque pretendido em trabalhos de graduação é a assimilação de um

conteúdo específico, é comum que uma revisão bibliográfica ou uma revisão literária, seja tida como suficiente. Porém, nada impede que sejam realizados outros tipos de trabalhos acadêmicos como relatórios e pequenas pesquisas. No entanto, é importante ter em mente a cientificidade da sistemática adotada para a realização desses trabalhos.

TRABALHOS DE CURSO (TC)

O Trabalho de Curso (TC), também conhecido como Trabalho de Final de Curso, é tido como uma monografia sobre um assunto específico. Tem como objetivo levar o aluno a refletir sobre temas determinados e transpor suas ideias para o papel na forma de uma pesquisa ou de um relatório. Para a graduação, por se tratar de mais um requisito para a complementação do curso, o estudo não necessita ser tão completo em relação ao tema escolhido, como é o caso de uma dissertação ou tese. No entanto, o aluno não deve perder de vista a clareza, a objetividade e a seriedade da pesquisa.

MONOGRAFIA

Apesar de haver esta classificação, inclusive aceita internacionalmente, são comuns certos equívocos em relação à palavra monografia com respeito a dissertações, teses e trabalhos de fim de curso de graduação. Etimologicamente, monografia é um estudo realizado com profundidade sobre um único assunto. No entanto, esta nomenclatura parece destinada aos Cursos de Especialização, tendo como fim primeiro levar o autor a se debruçar sobre um assunto em profundidade com o intuito de transmití-lo a outrem ou de aplicá-lo imediatamente. A monografia, exigida para a obtenção do título de especialista em alguns cursos de pós-graduação , é semelhante ao Trabalho de Final de Curso apresentado em cursos de graduação. Também possui como objetivo levar o aluno a refletir sobre determinados temas e transpor suas ideias para o papel na forma de uma pesquisa. Para o caso da pós-graduação, o estudo necessita ser um pouco mais completo em relação ao tema escolhido para a pesquisa.

DISSERTAÇÃO

A dissertação, que paulatinamente está se destinando aos trabalhos de cursos de pós-graduação (mestrado), busca, sobretudo, a reflexão sobre um determinado tema ou problema, o que ocorre pela exposição das ideias de maneira ordenada e fundamentada. Dessa forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo o mais completo possível em relação ao tema escolhido. Deve expressar conhecimentos do autor a respeito do assunto e sua capacidade de sistematização. Nesse contexto, uma das partes mais importantes da dissertação é a fundamentação teórica, que procura traduzir o domínio do autor sobre o tema abordado e a sua perspicácia de buscar tópicos não desenvolvidos.

TESE

A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, cumpre o papel do trabalho de conclusão de pós-graduação (doutorado). Caracterizase como um avanço significativo na área do conhecimento em estudo. Deve tratar de algo novo naquele campo do conhecimento, de forma a promover uma descoberta ou, mesmo, dar uma real contribuição para a ciência. O trabalho deve ser inédito, contributivo e não-trivial. Os argumentos utilizados devem comprovar que a ideia exposta é verdadeira e convencer.

ARTIGO CIENTÍFICO

O objetivo principal do artigo científico é levar ao conhecimento do público interessado alguma idéia nova ou alguma abordagem diferente sobre determinado tema já estudado, como particularidades locais ou regionais de um assunto, sobre a existência de aspectos ainda não-explorados em alguma pesquisa ou a necessidade de esclarecer uma questão ainda não resolvida. A principal característica do artigo científico é que as suas afirmações devem estar baseadas em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por outros autores em seus trabalhos. Isso não significa que o autor não possa expressar suas opiniões no artigo, mas que deve demonstrar para o leitor qual o processo lógico que o levou a adotar aquela opinião e quais evidências que a tornariam mais ou menos provável, formulando hipóteses.

PAPER

O paper possui estrutura gráfica muito similar à do artigo científico. Em virtude disso, devem-se apenas excluir os itens resumo e palavras-chave. Os demais itens seguem as definições utilizadas no artigo científico. Quanto à abordagem do tema, o principal diferencial entre o artigo científico e o paper está na profundidade: no paper, a análise deverá ser mais superficial e condensada, podendo ou não conter um parecer do autor. Porém, caberá a cada professor ou instituição definir os limites de aprofundamento dos trabalhos realizados, que poderão variar de um tema para o outro.

RESENHA

É um tipo de redação técnica que avalia precisa e sinteticamente a importância de uma obra científica ou de um texto literário. A resenha nunca pode ser completa e exaustiva. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida. A resenha combina resumo e julgamento de valor. Seu objetivo é oferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do original. Daí a resenha dever resumir as ideias da obra, avaliar as informações nela contidas e a forma como foram expostas, bem como justificar a avaliação realizada. A resenha consta de:

a) Uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:

- nome do autor (ou dos autores);

- título completo e exato da obra (ou do artigo);

- nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra;

- lugar e data da publicação;

- número de volumes e páginas.

Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices etc.). No caso de uma obra estrangeira, quando tratar-se de tradução, é útil informar a língua da versão original e o nome do tradutor.

b) Uma parte com o resumo do conteúdo da obra:

- indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom etc.) - resumo, com os pontos essenciais do texto e seu plano geral - comentários e julgamentos do resenhador sobre as ideias do autor, o valor da obra etc.

A leitura e a documentação

Para início de estudo: Precisamos reservar tempo para a leitura, pois o ato de ler constitui-se numa atitude fundamental para a formação, de maneira que, quando optamos por um curso superior, não podemos fugir do compromisso de ser leitores assíduos dos temas que são tratados na sala de aula e dos acontecimentos que envolvem a sociedade em que vivemos. Seu sucesso nos estudos e, conseqüentemente, profissional, depende apenas de você, da sua capacidade de ir em frente.

A importância da leitura: Quem não possui o hábito da leitura, precisa desenvolvê-lo, pois é difícil uma formação de qualidade sem muita leitura. O objetivo desta seção é apresentar algumas informações que venham a despertar em você o gosto pela leitura e oportunizá-lo a fazer melhor proveito dela.

Como você costuma selecionar seu material de leitura?

O que você necessita saber é que, quando encontrar o material que julgar certo, primeiro precisa fazer uma leitura de reconhecimento, olhar a capa e contracapa, o autor, as orelhas, o sumário (neste, observe os títulos e subtítulos), as referências indicadas pelo autor (para ter uma noção mais precisa sobre as bases em que o autor se apoiou), a introdução e o prefácio dos livros, para depois ler.

Esses elementos, de acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 91), Nascimento e Póvoas (2002, p. 29-30) e Galliano (1986, p. 74), podem dar uma idéia sobre o tema, e você poderá identificar se será útil para o objetivo que pretende alcançar no seu estudo. Uma dica importante: quando fizer leitura para pesquisa, anote os pontos principais em fichas de leitura, bem como a fonte consultada. Não perca isso de vista, pois, se não tiver à mão a referência do material utilizado, não poderá utilizar daquele conteúdo.

No livro, os dados estão contemplados, em uma ficha catalográfica, na segunda ou terceira folha, nas revistas, estão na capa. Faça uma cópia desses dados ou anote, para referenciar ao final do texto, quando for fazer os apontamentos.

A finalidade da leitura deve ser memorizar, apreender o conteúdo e formar um senso crítico sobre o assunto, de acordo com Bastos e Keller (2002, p. 19-32) e Galliano (1986, p. 70-71). É preciso, antes de se fazer qualquer fundamentação, levar em consideração três regras básicas para facilitar a aprendizagem:

- Atenção: capacidade de concentração em um só objeto, sabendo que, a atenção não pode se manter fixa por longos períodos, sem perder sua eficácia, por isso um período de atenção requer outro de descanso. Para prender a atenção, é ideal criar o máximo de interesse pelo assunto estudado;

- Memória: memorizar é reter ou compreender o que é mais significativo de um conteúdo, ao inverso de ter decorado, o que só permite repetição. A memorização é possível a partir da observação dos seguintes pontos: repetição, atenção, emoção, interesse e relacionamento dos fatos com outros conteúdos, já retidos na memória;

- Associação de ideias: é uma capacidade que possibilita ao indivíduo relacionar e evocar fatos e idéias. É fácil observar quantos assuntos vêm à tona, por fatos e idéias relacionadas com experiências anteriores dos interlocutores, na troca de palavras em uma conversa. Para melhor aprendizagem, podemos usar dessa técnica, para associar o conteúdo.

Para adquirir o hábito da leitura, devemos reservar um tempo diário para ler, selecionar material e local apropriado.

Bibliografia:

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia Científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

MATTAR, João, Metodologia do Trabalho Científico: documento de apostila on line. São Paulo: UVB, 2004. Disponível em:. Acesso em: 07 fev. 2011.

MÉTODO E TÉCNICA

Iniciaremos os estudos desta seção observando que a utilização de métodos científicos não é uma questão exclusiva da Ciência. Por outro lado, podemos afirmar que não há Ciência sem que haja o emprego sistemático de métodos científicos. Assim, apresentamos alguns conceitos de método científico, para depois apresentarmos a diferença entre o método e a técnica, e você entenderá melhor essa relação com a Ciência.

Veja como Lakatos e Marconi (2003, p. 85) o definem:

[...] o método é um conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

Também Oliveira (2002, p. 58) contribui, afirmando que método é um conjunto de regras ou critérios que servem de referência no processo de busca da explicação ou da elaboração de previsões, em relação a questões ou problemas específicos. Porém, antes de desenvolver o método, é preciso estabelecer os objetivos que pretendemos atingir, de forma clara, examinando de uma maneira ordenada as questões: Por que ocorre? Como ocorre? Onde ocorre? Quando ocorre? O que ocorre?

Método é o conjunto de processos empregados em uma investigação. Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 23-25), não inventamos um método, ele depende do objeto da pesquisa, pois toda a investigação nasce de algum problema observado ou sentido, por isso o uso do conjunto de etapas de que se serve o método científico, para fornecer subsídios necessários na busca de um resultado para a hipótese pesquisada.

Segundo Fachin (2003, p. 28), o método científico é um traço característico da ciência aplicada, pelo qual se coloca em evidência o conjunto de etapas operacionais ocorrido na manipulação para alcançar determinado objetivo científico. Para tanto, consideramos pelo menos dois aspectos do método científico:

- sua aplicação de modo generalizado, denominada método geral;

- sua aplicação de forma particular, ou, relativamente, a uma situação do questionamento científico, denominada método específico.

O método é, portanto, segundo Oliveira (2002, p. 57), “Uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para explicá-lo.”

Você já pode entender que a ciência é constituída de um conhecimento racional, metódico e sistemático, capaz de ser submetido à verificação, buscado através de métodos e técnicas diversas, ou seja, por passos nos quais se descobrem novas relações entre fenômenos que interessam a um determinado ramo científico ou aspectos ainda não revelados de um determinado fenômeno (GALLIANO, 1986, p. 28).

Agora que você leu a contribuição de diversos autores especializados no assunto sobre métodos, apresentaremos uma situação interessante, descrita por Galliano (1986, p. 4-5).

O autor afirma que qualquer pessoa vive diariamente cercada por métodos, ainda que não os perceba. Ao limpar a casa, você não passa, primeiro, o pano molhado, para, depois, varrer o chão; ao fazer um churrasco, você não assa a carne antes de colocar o sal e os temperos; ao comer uma laranja, você não a corta em pedaços para depois tirar a casca; tem de usar o método adequado para atingir um objetivo tão simples.

Galliano cita um exemplo, o de estar calçado com meia e sapato, que deixa ainda mais clara a explicação. Se não seguir a ordem correta das ações, primeiro você calçará o sapato, depois verificará que não é possível pôr a meia, já calçado com o sapato, assim, terá de descalçá-lo, para então colocar a meia e novamente calçá-lo.

O que o autor quis demonstrar com o exemplo? Que, ao deixar de seguir a ordem correta das ações no emprego do método, o resultado não é alcançado na primeira tentativa. Para chegar ao resultado esperado, você deve voltar ao início da seqüência e fazê-la de forma correta, ou seja, observar o método, já que quando o método não é observado, você gasta tempo e energia inutilmente. O autor complementa: o método nada mais é do que o caminho para chegarmos a um fim.

Reflita um pouco.

Você consegue lembrar de outros métodos que estão presentes na sua vida cotidiana? Analise o que existe de comum entre eles, assim, poderá fazer sua própria definição sobre método. Como se classificam os métodos científicos?

Para esclarecer melhor o assunto, apresentaremos as diversas formas de classificação dos métodos científicos, segundo alguns autores especializados no assunto. Dentre os métodos mais usuais para o desenvolvimento e a ordenação do raciocínio, Bastos e Keller (2002, p. 84-85) destacam:

- dedução: descobre uma verdade a partir de outras verdades que já conhecemos;

- indução: parte da enumeração de experiência ou casos particulares, para chegar a conclusões de ordem universal; inclui quatro etapas: observação, hipótese, experimentação e a constatação de que a hipótese levantada,

para explicar o fato observado, é confirmada pela experimentação e transformada em teoria ou lei.

Para a compreensão dos fatos pela ciência, os procedimentos fundamentais na pesquisa devem ser processados, conforme Fachin (2003, p. 29-31), pelo método indutivo (análise) e pelo método dedutivo (síntese):

- indutivo: é um procedimento do raciocínio que, a partir de uma análise de dados particulares, encaminhamos para as noções gerais. A autora apresenta o seguinte exemplo: partindo da observação empírica de que a prata é minério condutor de eletricidade e que se inclui no grupo dos metais, ela faz, por sua vez, parte dos minérios. Disso se infere, por análise indutiva, que a prata é condutor de eletricidade;

- dedutivo: parte do geral para o particular. Sobre o mesmo exemplo, a autora afirma que todos os metais são condutores de eletricidade. A prata é um metal, logo, é condutor de eletricidade. Pelo raciocínio dedutivo, se os metais pertencem ao grupo dos condutores de eletricidade e se a prata conduz eletricidade, necessariamente, entendemos que a prata é um metal.

Conclui Fachin (2003, p. 31) que os métodos indutivo e dedutivo não se opõem e constituem uma única cadeia de raciocínio. Cita, ainda, como exemplo: a varíola é curável com a vacina X; ora, um paciente tal é portador de varíola, logo, é curado com a vacina X. Houve uma intuição para estabelecer a ordem geral do conhecimento quanto ao medicamento, por meio do raciocínio dedutivo, com o aproveitamento de uma experiência conhecida e induzida anteriormente. O método indutivo é uma fase meramente científica, é o espírito experimental da ciência, que oferece probabilidades, enquanto o dedutivo é a fase da realização da atividade, oferecendo certezas.

Oliveira (2002, p. 63) complementa, sobre os métodos indutivo e dedutivo, quando observa que:

A dedução e a indução, tal como a síntese e análise, generalizações e abstrações, não são métodos isolados de raciocínio de pesquisa. Eles se completam [...]; a conclusão estabelecida pela indução pode servir de princípio – remissa maior - para a dedução, mas a conclusão da dedução pode também servir de princípio da indução seguinte – premissa menor –, e assim sucessivamente.

De acordo com Miranda Neto (2005, p. 22-26), o método científico não é um só, existem diferentes formas de procedermos para obter resultados científicos; os métodos analítico e sintético, indutivo e dedutivo são de importância fundamental para a construção da base teórica de todas as ciências, cabe ao pesquisador decidir qual o método mais adequado.

A técnica da pesquisa trata dos procedimentos práticos que devem ser adotados para realizar um trabalho científico, qualquer que seja o método aplicado, é o que escreve Miranda Neto (2005, p. 39). A técnica serve para registrar e quantificar os dados observados, ordená-los e classificá-los. A técnica, especifica como fazer (OLIVEIRA, 2002, p. 58).

Para a realização de uma pesquisa, é necessário o uso de técnicas adequadas, capazes de coletar dados suficientes, de modo que dêem conta dos objetivos traçados, quando da sua projeção. Para determinar o tipo de instrumento, é necessário observar o que será estudado, a que irá reportar.

Na realização de uma pesquisa, segundo Oliveira (2003, p. 66), depois de definidas as fontes de dados e o tipo de pesquisa, que pode ser de campo ou de laboratório, devemos levantar as técnicas a serem utilizadas para a coleta de dados, destacando-se: questionários, entrevistas, observação, formulários e discussão em grupo.

E então, como podemos diferenciar método e técnica?

Veja o que Fachin (2003, p. 29) escreve:

Vale a pena salientar que métodos e técnicas se relacionam, mas são distintos. O método é um conjunto de etapas ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e antecipar uma atividade na busca de uma realidade; enquanto a técnica está ligada ao modo de se realizar a atividade de forma mais hábil, mais perfeita. [...] O método se refere ao atendimento de um objetivo, enquanto a técnica operacionaliza o método.

Bibliografia:

MATTAR, João, Metodologia do Trabalho Científico: documento de apostila on line. São Paulo: UVB, 2004. Disponível em:. Acesso em: 07 fev. 2011.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A natureza do Conhecimento

Você já parou para pensar nos tipos de conhecimento existentes?

Existem pelo menos quatro níveis de conhecimento fundamentais: empírico, científico, filosófico e teológico.

Cabe lembrar que, na academia, você utilizará somente o conhecimento científico, porém é necessário conhecer todos, para entendê-lo melhor.

Veja o que dizem os autores Cervo e Bervian (2002, p. 8-12) sobre o assunto.

§ Empírico: é o conhecimento popular (vulgar), guiado somente pelo que adquirimos na vida cotidiana ou ao acaso, servindo-nos da experiência do outro, às vezes ensinando, às vezes aprendendo, num processo intenso de interação humana e social. É assistemático, está relacionado com as crenças e os valores, faz parte de antigas tradições. Como exemplo de conhecimento empírico, você já deve ter ouvido o dito popular de que tomar chá de macela, mais conhecida como marcela, cura dor de estômago, mas ela precisa ser colhida na Sexta-feira Santa, antes do sol nascer.

§ Científico: é o conhecimento real e sistemático, próximo ao exato, procurando conhecer além do fenômeno em si, as causas e leis. Por meio da classificação, comparação, aplicação dos métodos, análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente válido e universal. Neste, são feitos questionamentos e procuradas explicações sobre os fatos, através de procedimentos que possam levar ao resultado com comprovação. Não é considerado algo pronto, acabado e definitivo, busca constantemente explicações, soluções, revisões e reavaliações de seus resultados, pois, segundo Cervo e Bervian (2002), a ciência é um processo em construção. Analisar o mesmo exemplo anterior no contexto científico, poderia, mediante o estudo, verificar a relação de causa e efeito e o princípio ativo que determina o desaparecimento do sintoma “dor de estômago”, quando da ingestão do chá de macela.

§ Filosófico: procura conhecer a realidade em seu contexto universal, sem soluções definitivas para a maioria das questões; busca constantemente o sentido da justificação e a possibilidade de interpretação a respeito do homem e de sua existência concreta. A tarefa principal da filosofia resume-se na reflexão. Cervo e Bervian (2002) apresentam alguns exemplos que deixam claro esse conceito, verifique:

- A máquina substituirá o homem?

- As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do homem?

- O que é valor hoje?

A filosofia procura compreender a realidade em seu contexto universal. Não produz soluções definitivas para grande número de questões, mas habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para entender melhor o sentido da vida, concretamente.

§ Teológico: é o estudo de questões referentes ao conhecimento da divindade, implicando sempre em uma atitude de fé diante de revelações de um mistério ou sobrenatural, interpretados como mensagem ou manifestação divina. Esse conhecimento está intimamente relacionado a um Deus, seja este Jesus Cristo, Buda, Maomé, um ser invisível, ou qualquer entidade entendida como ser supremo, dependendo da cultura de cada povo, com quem o ser humano se relaciona por intermédio da fé religiosa.

Exemplo disso são os conhecimentos adquiridos e praticados pelos homens tendo como base os textos da Bíblia Sagrada ou quaisquer outros livros sagrados.

Você já pode diferenciar os diversos tipos de conhecimento, mas vale a pena apresentarmos algumas contribuições de outros autores. Oliveira (2003) contribui, ainda, sobre o assunto, sintetizando os tipos de conhecimento, conforme Quadro:

Vulgar Científico Filosófico Religioso

Valorativo real valorativo valorativo

Reflexivo contingente racional inspiracional

Falível falível infalível infalível

Assistemático sistemático sistemático sistemático

Verificável verificável não-verificável não-verificável

Inexato exato exato exato

Quadro: As várias formas de conhecimento

Fonte: Oliveira (2003, p. 37).

A seguir, procuramos sintetizar o quadro apresentado por Oliveira (2003, p. 37-41), somado às contribuições de Galliano (1986, p. 18-20), sobre as formas de conhecimento:

§ Conhecimento vulgar ou popular: é utilizado por meio do senso comum, geralmente passado de geração em geração, disseminado pela cultura baseada na imitação e experiência pessoal; é empregado pela experiência pessoal do dia-a-dia, sem crítica.

§ Conhecimento filosófico: não é passível de observações sensoriais, utiliza o método racional, no qual prevalece o método dedutivo antecedendo a experiência; não exige comparação experimental, mas coerência lógica, a fim de procurar conclusões sobre o universo e as indagações do espírito humano.

§ Conhecimento religioso ou teológico: é incontestável em suas verdades, por tratar de revelações divinas; não é colocado à prova e nem pode ser verificado.

§ Conhecimento científico: por meio da ciência, busca um conhecimento sistematizado dos fenômenos, obtido segundo determinado método, que aponta a verdade dos fatos experimentados e sua aplicação prática.

O conhecimento científico pode ser: contingente (hipóteses traduzem resultado através da experimentação); sistemático (procedimento ordenado forma um sistema encadeado de idéias); verificável (afirmações podem ser comprovadas); falível (novas proposições podem mudar as teorias existentes); real (lida com o real, conforme ocorrência dos fatos) isso é o que enfatiza Oliveira (2003, p. 39-40).

Bibliografia:

MATTAR, João, Metodologia do Trabalho Científico: documento de apostila on line. São Paulo: UVB, 2004. Disponível em:. Acesso em: 07 fev. 2011.

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Nome: _____________________________________________ Curso: ________________________ 1º Período _____

Chegou o momento de fazermos uma parada, para refletir. Você entendeu a classificação dos diferentes tipos de conhecimento? Então, vamos realizar o exercício.

Leia o que é solicitado no enunciado de cada questão e responda. Depois, troque com seu colega e realize comentários no exercício trocado.

1 - Todo conhecimento científico é verdadeiro e definitivo. Argumente sua resposta.

2 - Correlacione as afirmações sobre os tipos de conhecimento com as situações apresentadas para eles.

a) Empírico

b) Científico

c) Filosófico

d) Teológico

( ) Gelatina diet (sem adição de açúcar), contendo três vitaminas e dois sais minerais, é indicada para quem necessita fazer tratamento de ingestão controlada de açúcar.

( ) O homem poderá ser produzido em série, em tubos de ensaio.

( ) Benzer cura dor de cabeça, mas tem de ser antes do pôr do Sol.

( ) Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar dos pecados.


3 – Palavras e seus significados: (procure no dicionário outras palavras que são desconhecidas para você)

- Assistemático: Não há controle; adquire-se independentemente de estudos, pesquisas ou aplicações de métodos e investigações.

- Sistemático: Controlado por registros e observações, fazendo-se controles do observador e do observado.

- Mistério: Tudo o que é oculto, que provoca curiosidade e busca; pode estar ligado a dados da natureza, da vida futura, da existência do absoluto, entre outros.

Comentários:

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A disciplina de MTC

Você já conheceu, os objetivos desta disciplina e deve ter percebido a sua importância, mas gostaríamos de aprofundar um pouco nossa reflexão sobre a presença dela no seu curso, a fim de conduzi-lo, com os conteúdos que serão desenvolvidos, ao entendimento de que, por meio do estudo e da leitura, você poderá ampliar suas capacidades de pensamento e atitudes. Para isso, precisamos partir da compreensão de que Metodologia Científica é a disciplina que "estuda os caminhos do saber", entendendo que "método" representa caminho, "logia" significa estudo e "ciência", saber.

Perceba, então, o quanto importante é estudarmos os caminhos do saber. Os caminhos, ou seja, os métodos ensinados nesta disciplina, são procedimentos ou normas para a realização de trabalhos acadêmicos, a fim de dar ordenamento aos assuntos pesquisados. O método é um conjunto de procedimentos sistemáticos no qual os questionamentos são utilizados com critérios de caráter científico, para termos fidedignidade dos dados, envolvendo princípios e normas que possam orientar e possibilitar condições ao pesquisador, na realização de seus trabalhos, para que o resultado seja confiável e tenha maior possibilidade de ser generalizado para outros casos.

Mas, sobre o método, você terá, na próxima unidade, uma seção específica e poderá entender melhor seu significado e sua relação com esta disciplina.

Você também aprenderá, nesta disciplina, a arte da leitura, da análise e interpretação de textos, para que não seja, durante o curso, um aluno-copista, que reproduz em suas pesquisas e trabalhos acadêmicos o que outros disseram, sem nenhum juízo de valor, crítica ou apreciação, mas, sim, um aluno que analisa, interpreta e participa ativamente do seu processo de aprendizagem.

Você sabia que o homem pré-histórico não conseguia entender os fenômenos da natureza, por isso tinha reações de medo?

Durante algum tempo foi assim, as gerações, ao se sucederem, foram recebendo um mundo já trabalhado e adaptado, e as fases foram se modificando, passando do medo à tentativa de encontrar explicações aos fenômenos da natureza, buscando respostas por meio de crenças e magias, que também não foram suficientes. O ser humano evoluiu para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados, nos quais pudesse refletir sobre as experiências e transmitir a outros. A necessidade de saber o porquê dos acontecimentos foi o impulso para a evolução do homem e o surgimento da ciência.

Aprofundaremos nossos estudos sobre a evolução do homem e o surgimento da ciência nas seções a seguir.

A definição de ciência

Você deve ter percebido que o homem sentiu a necessidade de saber o porquê dos acontecimentos e que, dessa forma, surgiu a ciência (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 84). Para entender melhor esse assunto, você precisa compreender o que é ciência e, também, distinguir ciência e senso comum.

Vamos, então, ao conceito de ciência! - O que é ciência?

Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Mas, nem todos os tipos de conhecimento pertencem à ciência, como o conhecimento vulgar e outros, que estudaremos na seção 3.Vejamos o que alguns autores nos apresentam.

Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmam que:

A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário.

A ciência demonstra que é capaz de fornecer respostas dignas de confiança sujeitas a críticas; é uma forma de entender, compreender os fenômenos que ocorrem. Na verdade, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos; por intermédio da análise e da experimentação, extraímos resultados que

passam a ser avaliados universalmente.

Quando faz referência à ciência, Oliveira (2002, p. 47) afirma que:

Trata-se do estudo, com critérios metodológicos, das relações existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer no qual o estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicações práticas. É uma forma de conhecimento sistemático, dos fenômenos da natureza, dos fenômenos sociais, dos fenômenos biológicos, matemáticos, físicos e químicos, para se chegar a um conjunto de conclusões verdadeiras, lógicas, exatas, demonstráveis por meio da pesquisa e dos testes.

Você pode perceber, com o autor, que os fenômenos de que os homens préhistóricos sentiam medo passaram a ser explicados pelos estudos, por meio de critérios metodológicos. Veja a importância da ciência como uma forma de conhecimento humano, objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível.

Agora que você já sabe o que é a ciência, precisa entender também que o trabalho de cunho científico implica a produção do conhecimento, sendo este classificado como comum e científico.

No conhecimento científico, o pensar deve ser sistemático, verificando uma hipótese (ou conjunto de hipóteses), atribuindo o rigor na utilização de métodos científicos. Dessa forma, o trabalho científico configura-se na produção elaborada a partir de questões específicas de estudo.

Segundo Galliano (1986, p. 26), “ao analisar um fato, o conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas também busca descobrir suas relações com outros fatos e explicá-los.”

E sobre o senso comum?

Para entendermos melhor o senso comum e sabermos diferenciá-lo do conhecimento científico, podemos nos apropriar da literatura que nos apresentam diversos autores, como Galliano (1986), Cervo e Bervian (2002), Lakatos e Marconi (2003), Fachin (2003), entre outros, que definem senso comum como algo que vem da experiência do dia-a-dia, os conhecimentos que se desenvolvem a partir do cotidiano ou da necessidade.

O senso comum, enquanto conhecimento aprendido à luz das experiências e observações imediatas do mundo circundante, é uma forma de conhecimento que permanece no nível das crenças vividas, segundo uma interpretação previamente estabelecida e adotada pelo grupo social. Ao contrário do conhecimento científico, leva a pensar de forma assistemática, sensitiva e subjetiva, sem atribuir o rigor e a utilização do método científico.

É importante sabermos que do conhecimento do senso comum podemos desenvolver o conhecimento científico, pois ditos populares podem gerar questões que, às vezes, levam à pesquisa e à investigação científica, ou seja, aquilo a que o senso comum não responde, a ciência pode responder.

Você pode entender melhor a diferença entre o senso comum e o conhecimento científico, pensando nos tratamentos médicos. Muitos remédios foram utilizados, inicialmente, pelas comadres ou pelos índios, uma vez que o conhecimento deles era advindo do senso comum, que também chamamos de conhecimento vulgar.

Quer saber como? Aos remédios produzidos pelas comadres, pode ser aplicado um método científico, após ser comprovada a eficácia dos métodos de cura; passam, então, a ser considerados um conhecimento científico. Antes disso, não era válida a comprovação do senso comum, mesmo que já tivesse curado diversas doenças, porque não havia passado pelo método científico.

Você pode associar isso à sua vida acadêmica. Muitas vezes, na realização de um trabalho de estudos, com a investigação de um problema, você precisará aplicar os métodos científicos para chegar a um resultado comprovado, não poderá ficar no “achismo” ou no “vou fazer assim porque sempre deu certo”.

Perceba, então, a importância da utilização dos métodos científicos na sua vida acadêmica!

Agora que você finalizou o estudo desta seção, veja se assimilou bem o conteúdo, fazendo a auto-avaliação a seguir.

AUTO-AVALIAÇÃO 1

Classifique as situações seguintes como senso comum (SC) ou conhecimento científico (CC):

( ) Para a elaboração de trabalhos acadêmicos, utilizamos as normas definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

( ) Segundo os ditos populares, não podemos comer uva e melancia ao mesmo tempo, porque isso causa dor de estômago.

( ) Angino-Rub ungüento é um composto de cânfora e mentol + associações e é indicado ao alívio da tosse e ação descongestionante.

( ) O leite de soja sem lactose é um alimento com proteína isolada de soja e é indicado para quem não pode beber leite de vaca.

( ) A certificação ISO 9001, versão 2000, que versa sobre Sistema de Gestão da Qualidade, garante sucesso ao processo de qualidade implantado pelas organizações.

( ) A melhor coisa para quando a criança está agitada é o benzimento; com isso, imediatamente, ela se acalma.

( ) Se alguém tomar todos os dias uma xícara de chá quente com ervas (carqueja, espinheira santa e alcachofra), pode emagrecer até 5 quilos por mês.

( ) O adoçante dietético é composto de sacarina sódica e ciclamato de sódio e utilizado por quem está fazendo regime alimentar.

( ) Para elaborar citações, a melhor fonte de informações é a NBR 10520 da ABNT.

( ) Antigamente, muitas mulheres, quando concebiam um filho, ficavam de resguardo na alimentação e não lavavam a cabeça por 40 dias, porque isso poderia causar problemas de saúde para a vida toda.

( ) O Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) cuida da normalização de produtos e serviços de qualidade.

( ) Algumas mães usam algumas gotas de leite materno para curar a dor de ouvido das crianças.